Em se tratando de Segundo Wanderley - escritor, poeta, médico, professor e político; natalense nascido no século XIX – certamente há muito a se pesquisar. Suas obras nos reportam ao estilo Condoreiro, do final do século XIX, que era também a terceira fase do Romantismo. Tal estilo de poesia – que tinha como seu principal representante no Brasil o poeta Castro Alves e outros nomes de peso como Tobias Barreto, Fagundes Varela e Sousândrade – tinha por característica o tema social, político e revolucionário. O movimento se inspirava especialmente no poeta francês Vitor Hugo. Além disso, o condoreirismo também se distinguia por seu tom hiperbólico, exagerado e uso de linguagem pomposa, sofisticada, elevada. Assim, discorrerei, ainda que brevemente, sobre a poesia condoreira de Segundo Wanderley, intitulada “O Naufrágio do Vapor Bahia”.
A obra foi publicada no Diário de Pernambuco em 1887, mesmo ano em que ocorreu o trágico acidente. Com um estilo literário refinado, empolado e buscando sempre a perfeição nas formas e versos, Segundo Wanderley escreveu ‘O Naufrágio do Vapor Bahia’ em versos alexandrinos – considerado um dos estilos mais difíceis da língua portuguesa por sua minuciosidade métrica. O poema contém dezesseis estrofes em sextetos, e usa rimas emparelhadas e intercaladas.
O autor consegue transmitir, com muita sensibilidade e eloqüência, todo o drama sofrido pelos tripulantes do navio, contrastando com a beleza e suavidade dos versos que descrevem o início da viagem como serena e contemplativa.
Outro ponto a ser destacado é a exatidão das informações contidas na poesia em relação ao fato histórico ocorrido. Ele não faz conjecturas desnecessárias; apenas usa os instrumentos da poesia para narrar o trágico e enigmático acidente. Cito como exemplo, um trecho da décima segunda estrofe, que descreve o marítimo funeral, o qual, julguei belíssimo:
Assim, Segundo Wanderley nos presenteia com este maravilhoso poema, que retrata a dor, o sofrimento, a agonia de um naufrágio, porém, não sem fazer uso, e com muita precisão, da ternura, da beleza, da perfeição e da emoção da poesia.
(Trabalho entregue para obtenção de nota da disciplina de "Literatura norte-riograndense", ministrada pela profa. dra. Conceição Flores no curso de Letras da Universidade Potiguar. 2010 - 2° semestre)
Referência:
DUARTE, Constância Lima: MACÊDO, Diva Cunha Pereira (Org). Literatura do Rio Grande do Norte: Antologia. 2ª Ed. rev. e aum. (Apostila da disciplina).
Sites consultados:
www.naufragiosdobrasil.com.br
www.wikipedia.org
www.priberiam.pt/dipo
artculturalbrasil@blogspot.com
http://educaterra.terra.com.br/literatura
A obra foi publicada no Diário de Pernambuco em 1887, mesmo ano em que ocorreu o trágico acidente. Com um estilo literário refinado, empolado e buscando sempre a perfeição nas formas e versos, Segundo Wanderley escreveu ‘O Naufrágio do Vapor Bahia’ em versos alexandrinos – considerado um dos estilos mais difíceis da língua portuguesa por sua minuciosidade métrica. O poema contém dezesseis estrofes em sextetos, e usa rimas emparelhadas e intercaladas.
O autor consegue transmitir, com muita sensibilidade e eloqüência, todo o drama sofrido pelos tripulantes do navio, contrastando com a beleza e suavidade dos versos que descrevem o início da viagem como serena e contemplativa.
Outro ponto a ser destacado é a exatidão das informações contidas na poesia em relação ao fato histórico ocorrido. Ele não faz conjecturas desnecessárias; apenas usa os instrumentos da poesia para narrar o trágico e enigmático acidente. Cito como exemplo, um trecho da décima segunda estrofe, que descreve o marítimo funeral, o qual, julguei belíssimo:
Lançando sobre a dor o seu desdém alvar;
Serviu de círio – a luz dos vaporosos astros...
De confessor – o céu, de cruz – os longos mastros...
Fez-se a noite – sudário, e cemitério – o mar!
(Trabalho entregue para obtenção de nota da disciplina de "Literatura norte-riograndense", ministrada pela profa. dra. Conceição Flores no curso de Letras da Universidade Potiguar. 2010 - 2° semestre)
Referência:
DUARTE, Constância Lima: MACÊDO, Diva Cunha Pereira (Org). Literatura do Rio Grande do Norte: Antologia. 2ª Ed. rev. e aum. (Apostila da disciplina).
Sites consultados:
www.naufragiosdobrasil.com.br
www.wikipedia.org
www.priberiam.pt/dipo
artculturalbrasil@blogspot.com
http://educaterra.terra.com.br/literatura
Nenhum comentário:
Postar um comentário