Cada ostra é que sabe as dores que lhe causam
a confecção de tão belas pérolas.
Faço-me irmã da ostra.
Vejo suas pérolas, sinto suas feridas.
Angustio-me com a imagem da beleza que emerge da dor.
E o grande valor que elas têm, as pérolas,
não o é para proveito da ostra,
pobre moribunda!
Senão para outros,
que apenas as colhem, de graça,
herdeiros do bem excelso,
produto das aflições que moldaram com perfeição
a esfera preciosa.
Sabedoria insondável do Criador,
e fúnebre este desfecho:
que o amor e a vida precisam, via de regra,
produzir pérolas...
em ostras,
ou em outras,
pessoas
pessoas
como nós!
Ci.le.i.de - em 02.06.14
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