domingo, 15 de setembro de 2013

Jardineiro


Tu que andaste em meu jardim
a cultivar tão delicadas flores
que desabrocham ao simples toque de tua mão
cheia de bondade tão doce...

Tens um olhar que é pura graça e suavidade
e palavras que alimentam a seiva dentro de mim.

Este teu sorriso tão sereno
convida-me à vida alegre
e ainda o teu cuidar que é só amor...
Raízes brotam em meu solo fértil!
Tu que semeaste das mais raras e singelas sementes
aqui, nesse meu jardim esquecido,
tão pisado, maltratado... sofrido!
Ah, meu coração florido!

Tomaste todos os espinhos,
todas as dores que eram minhas.
Arrancaste-as todas, fizeste-as tuas também.

Deixaste-me assim, limpa, radiante,
um lindo jardim sorrindo ao sol
querendo-te, enfim, que sejas, para sempre,
meu doce jardineiro de mim!